Buscar a racionalidade nos gastos familiares é o primeiro passo para conquistar o controle financeiro. O descontrole financeiro pode causar conflitos para o casal. Com organização, dá para ter um dinheiro extra
O descontrole financeiro é motivo de briga para alguns casais e é responsável por quase 40% das separações no Brasil, segundo especialistas. Para outros, cuidar das finanças a dois é um motivo a mais para a união. É o caso do músico Thiago Mendonça, de 28 anos, e da mulher dele, a enfermeira Aline, de 25 anos.
Todos os meses, os dois juntam os rendimentos e calculam as despesas. Os gastos são divididos percentualmente de acordo com os ganhos, explica Thiago. “Por exemplo, se a nossa renda do mês for R$ 10 mil e eu tiver recebido R$ 6 mil e ela R$ 4 mil, eu pago 60% das contas e ela, 40%”, disse. Além de mais justa, a divisão que o casal faz possibilita juntar algum dinheiro todos os meses. “Sempre sobra”, completa.
Com o dinheiro extra, o casal viaja todos os anos de férias. No primeiro ano do casamento, foram para a Argentina. No ano seguinte, fizeram uma viagem nacional e este ano, foram à Europa.
O controle nos gastos é importante principalmente porque os dois têm salários variáveis. Ele como músico sempre tem uma renda melhor nos últimos meses do ano e ela recebe por plantões trabalhados.
Corte de despesas
Mesmo com o aumento do número de empregos, a renda média de boa parte da população brasileira ainda não deixa espaço suficiente para investir, de acordo com o presidente do Conselho de Economia, o economista Francisco Assunção e Silva.
Ele explicou que o ideal é primeiro distribuir com racionalidade a renda familiar. Só depois, se sobrar algum recurso, é que se deve investir.
Além disso, cortar despesas nunca é fácil, segundo o economista da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida. De acordo com ele, é importante que a família unida discuta sobre isso.
“O corte de despesas precisa ser bem compreendido. Deve ser feito com conversa e todos reunidos”, ressaltou. Almeida disse também que isso é necessário porque o orçamento compromete toda a família.
Segundo o professor de contabilidade da UFC e secretário adjunto de Finanças do Município de Fortaleza, Marcus Machado, alguns livros falam que o casal deve negociar de 6% a 10% livre para gastar com o que quiser. “Ou então a pessoa não aproveitaria os prazeres da vida”, conclui. (Teresa Fernandes)
ENTENDA A NOTÍCIA
Para conseguir controlar as finanças, o casal precisa ter um planejamento em conjunto. Calcular os rendimentos e as despesas juntos é uma boa alternativa.
40 por cento das separações no Brasil ocorrem por finanças
Investindo
Qualquer valor – A poupança é o investimento mais conhecido do brasileiro e um dos mais seguros. O rendimento é de 70% da taxa básica de juros (Selic) mais a Taxa de Referência (TR).
R$ 30 – Com aplicação inicial a partir de R$ 30, é possível investir em Títulos Públicos Federais.
R$ 100 – Pode investir em um fundo de investimento. Esse tipo de fundo pode não ser tão rentável em tempos de baixas taxas de juros porque as taxas de administração e os descontos do Imposto de Renda minam os ganhos.
R$ 5 mil – Pode começar a diversificar os investimentos. Além de poupança e tesouro direto, pode haver investimento em bolsa de valores.
R$ 10 mil – Quem tem um valor maior para aplicar, pode investir em Exchange Traded Fund (ETF). São boas opções para quem quer obter a mesma rentabilidade dos principais índices da bolsa de valores. É um tipo de fundo de investimento, mas as cotas são normalmente negociadas na Bolsa de Valores da mesma forma que as ações.
Fonte: O Povo Online:
link: http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2012/12/08/noticiasjornaleconomia,2968216/igor-de-melo.shtml
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