Pesquisa do Instituto Trata Brasil indica que mais da metade dos pacientes internados por diarréia são crianças. A enfermidade é a mais associada à falta do serviço de tratamento de esgotos ou a uma cobertura precária
Em 2008, foram 67,3 mil internações de crianças por diarréia nos 81 municípios pesquisados, o que representou 61% de todas os pacientes internados por esse motivo. Em algumas cidades, comoVitória/ES, Macapá/AM e Porto Velho/RO, o índice passa dos 78%. De acordo com a pesquisa, a situação é mais grave em lugares onde há menor oferta de saneamento e mais pobreza.
De acordo com o presidente do Instituto, Édison Carlos, o país se divide entre municípios com boa oferta dos serviços de coleta de esgoto e, portanto, com baixos índices de internação por contaminação, e aqueles com baixíssimo nível de cobertura do serviço, onde os moradores estão mais expostos a enfermidades.
O Instituto destaca o resultado outros dois municípios, que estão entre os de maiores taxas de internação por diarréia:
- Belford Roxo/RJ, segundo lugar entre os municípios com maior participação de pobres em sua população e onde os custos de hospitalização pela doença está entre os maiores do país e
- Maceió/AL, uma das piores cidades em coleta de esgoto e em taxa de internação por diarréias. Também está entre as dez com os maiores custos de internação.
Mais uma vez, essas estatísticas mostram que o pleno acesso ao saneamento básico é a garantia para melhoria de saúde, qualidade de vida e de um futuro sustentável para o país. Uma das conclusões do estudo, feito pelos pesquisadores Denise Maria Penna Kronemberger e Judicael Clevelário Júnior, é o de que crianças menores de cinco anos precisam de boas condições de saúde e bem-estar para seu desenvolvimento, mais do que o restante da população.
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