terça-feira, 30 de agosto de 2011

Supernova deixaria Hemisfério Sul sem noite por um mês

       Entre todos os fenômenos descritos na Ciência, a explosão de uma supernova está entre os mais potentes no que diz respeito à liberação de energia. Ao explodirem, essas estrelas produzem objetos extremamente brilhantes, os quais declinam até se tornarem invisíveis, passadas algumas semanas ou meses. Se muito próxima da Terra, uma supernova poderia liberar radiação gama e X suficiente para aquecer a superfície do nosso planeta e fazer a atmosfera e os oceanos evaporarem.
       Contudo, conforme explica o astrônomo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Kepler Oliveira, essa possibilidade não representa uma ameaça, já que as explosões realmente perigosas teriam que ocorrer a menos de 30 anos-luz de distância e não existe nenhuma candidata a supernova tão perto do nosso planeta. Por outro lado, explosões a uma distância bem maior podem acontecer e, mesmo longe, o brilho seria tão intenso que praticamente faria a noite virar dia por um mês inteiro.

Eta Carinae
A estrela Eta Carinae pode se tornar uma supernova
 e sua explosão transformaria a noite em dia. Contudo,
os cientistas não sabem quando isso pode ocorrer

       A próxima explosão de uma supernova a ser observada na nossa vizinhança pode ser a de Eta Carinae, uma estrela a 7,5 mil anos-luz do nosso planeta. Visível apenas no Hemisfério Sul, ela chegou a rivalizar com Sirius no ano de 1843 como uma das estrelas mais brilhantes do céu.
       Décadas depois, foi observado que Eta Carinae estava perdendo sua luz até que, surpreendentemente, ela dobrou de brilho. Graças às pesquisas realizadas pelo professor do Instituto de Astronomia da Universidade de São Paulo (USP) Augusto Damineli foi possível provar que a estrela é na realidade um sistema duplo e passa por eventos de baixa excitação, algo como "apagões", a cada cinco anos e meio. E o próximo já tem data: será no inverno de 2014.
       Felizmente, quando Eta Carinae explodir, a maior parte da energia liberada será espalhada ou absorvida pela imensidão do espaço. Por estarmos a uma distância suficientemente grande da estrela, a explosão de raios gama também não atingirá a Terra. Não é possível prever com exatidão quando isso vai acontecer, mas quando o astro se for, a luminosidade será como a de dez luas no Hemisfério Sul. "Seria praticamente um mês sem noite", diz Damineli.

Supernovas no passado
       Enquanto supernovas foram observadas em galáxias vizinhas, elas são eventos raros na Via Láctea, e as que observamos nem fizeram um "espetáculo" como o que pode ser causado por Eta Carinae. "Nos anos 1054, 1572 e 1612 explodiram como supernovas estrelas dentro de um raio de cerca de 7500 anos-luz, que foram visíveis durante o dia, mas como o planeta Venus, que é a estrela D'alva", diz Oliveira.

Tipos
       Há dois tipos básicos de Supernova, o tipo I e o II. O tipo II é uma estrela de massa maior que o Sol, que exaure seu combustível nuclear. Quando isso acontece, a região central da estrela colapsa devido à sua alta gravidade. Forma-se um núcleo muito compacto, que será o seu remanescente, como uma estrela de nêutrons ou até um buraco negro. Quando o resto da estrela cai em direção a esse núcleo, ele ricocheteia com alta energia. Daí acontece a explosão.
       Acredita-se que a Supernova tipo I seja um remanescente estelar de massa mais baixa, como uma anã branca que ganha matéria de uma estrela companheira, num sistema duplo. Ao atingir certo limite de massa, iniciam-se reações nucleares de forma explosiva, que antes a estrela não tinha condições de iniciar.


Fonte: Jornal do Brasil / Terra

domingo, 28 de agosto de 2011

Será se dá para dizer se uma mulher é lésbica só olhando o rosto dela?


       Não é legal rotular as pessoas. Muito menos só de olhar. E a sexualidade humana é um terreno bem complexo, que não permite generalizações. Estamos todos de acordo? Tiramos isso do caminho? Certo. Respondendo à pergunta do título, dá sim. Pelo menos é o que dizem pesquisadores da Universidade de Tufts, nos EUA. Em três experimentos, eles colocaram participantes (de ambos os sexos) para classificar cerca de 200 moças (todas sem estereótipospara qualquer um dos lados; nem masculinizadas, nem com muita maquiagem, por exemplo) como “lésbicas” ou “heterossexuais”

       Isso o mais rápido possível, enquanto viam apenas os rostos ou, em alguns casos, apenas os olhos das modelos. A ideia era justamente testar o julgamento precipitado, a primeiríssima impressão, sem censura. E o que foi constatado, de acordo com o estudo, é que a orientação sexual da mulher pode sim ser “adivinhada” com precisão só no olhar (“em níveis significativamente maiores do que o acaso”, escrevem). E que quanto mais rápido a gente rotula a moça, maior a chance de estar certo sobre o que ela curte (algumas delas foram vistas por apenas 40 milissegundos, ou seja, quase subliminarmente). Boa notícia para os homens? Boa para as mulheres homossexuais? Ou má? Viagem total? Digam aí.

Fonte: Superinteressante

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Limpeza - faça uma boa limpeza de volta ao básico












Produtos comuns na limpeza da casa no passado, vinagre, bicarbonato de sódio, óleo e limão tiveram seu uso com essa finalidade esquecido. Este é o momento ideal para recuperá-los. Além de baratos, eles livram os ambientes da química



Detergentes, solventes, ceras e lustradores contêm em sua fórmula compostos orgânicos voláteis que poluem o ar e podem causar irritação nas vias respiratórias, fadiga e falta de ar. Sobretudo nesta época do ano, quando as alergias respiratórias atacam com tudo, evitar seu uso é algo a ser considerado. "Muitos produtos de limpeza podem ter efeito irritante", alerta o médico Fábio Morato Castro, do serviço de alergia e imunologia do Hospital das Clínicas de São Paulo. Especialistas consultados por VEJA avaliaram os benefícios da volta aos limpadores naturais. 



ÓLEO DE COZINHA 
A opinião dos especialistas: os óleos vegetais, como os de oliva, girassol e linhaça, servem para dar brilho 
Produtos de limpeza que substitui: lustradores de móveis 
Químicas eliminadas na substituição: formaldeído e solvente 
Dicas de como usá-lo: 
- Para manter janelas e esquadrias de alumínio brilhando - é só limpá-las uma vez por mês com uma mistura de óleo de cozinha e álcool em partes iguais. Em seguida passe um tecido macio ou flanela com óleo e faça o polimento 
- Para limpar e lustrar móveis de madeira - Junte duas xícaras de óleo ao suco de um limão. Use um tecido suave para aplicar a mistura 
Economia em dinheiro com a troca de produtos*: 65% 



SUCO DE LIMÃO 
A opinião dos especialistas: a acidez do limão remove a sujeira e as manchas de ferrugem. Misturado ao sal, forma uma pasta especialmente potente na limpeza doméstica 
Produtos de limpeza que substitui: água sanitária e removedores de manchas e ferrugem 
Químicas eliminadas na substituição: cloro e solvente 
Dicas de como usá-lo: 
- Para remover a gordura das louças - pode-se adicionar um quarto de xícara de chá de limão direto no frasco de detergente ou diluí-lo em água e aplicar a mistura sobre o material a ser limpo 
- Para tirar a ferrugem de objetos como talheres e grelhas - esfregue suco de limão com uma palha de aço 
- Para remover manchas de suco e molho de tomate em tecidos - esfregue a mancha com limão, enxágue e deixe secar. Se ainda houver vestígios, molhe a peça em uma solução de um quarto de xícara de água morna, meia colher de chá de detergente e uma colher de sopa de vinagre branco por quinze minutos. Enxágue e lave 
- Para alvejar roupas amareladas - Coloque-as de molho em água com pedaços de limão. Elas ficarão cheirosas e sem aparência desbotada 
Economia em dinheiro com a troca de produtos: 67% 



VINAGRE 
A opinião dos especialistas: de todos os limpadores naturais, o vinagre branco é o campeão da limpeza - graças a sua acidez, combate de mofo a gordura e odores fortes 
Produtos de limpeza que substitui: detergentes, amaciantes e limpadores multiuso 
Químicas eliminadas na substituição: cloro, amoníaco, formaldeído e soda cáustica 
Dicas de como usá-lo: 
- Para limpar tapetes e carpetes - a cada litro de água, acrescente duas colheres de sopa de vinagre 
- Para eliminar cheiro de mofo em armários - coloque uma bacia ou assadeira com vinagre branco puro dentro do móvel vazio. Deixe pernoitar 
- Para retirar o cheiro de urina e fezes deixado pelos bichos de estimação - aplique uma solução de dois terços de água morna e um terço de vinagre branco. Depois passe um pouco de vinagre puro sobre o local e deixe secar naturalmente 
- Para limpar o fogão depois de uma fritura - deixe um pouco de vinagre sobre a gordura quinze minutos antes de começar a limpeza 
- Para remover o mofo dos azulejos - Aplique uma boa quantidade de vinagre branco puro com uma escova de dentes velha. Deixe-o agir por duas horas e, depois, lave a superfície com água e sabão 
- Para a limpeza do vaso - Despeje o vinagre e deixe-o agir por trinta minutos, depois borrife bicarbonato de sódio em uma escova apropriada e esfregue as áreas manchadas 
- Para limpar janelas e espelhos - Dilua três colheres de vinagre em 10 litros de água quente. Se o vidro estiver muito sujo, limpe-o primeiro com água e sabão 
Economia em dinheiro com a troca de produtos: 32% 



BICARBONATO DE SÓDIO 
A opinião dos especialistas: ótima opção para absorver odores e para a limpeza da cozinha. É importante usar luvas ao manejá-lo 
Produtos de limpeza que substitui: água sanitária e detergente 
Químicas eliminadas na substituição: cloro e formaldeído 
Dicas de como usá-lo: 
- Para limpar o forno - passe com um pano uma solução de água quente com bicarbonato de sódio 
- Para desentupir ralos com gordura - Use uma xícara de sal, uma xícara de bicarbonato de sódio e uma chaleira de água fervendo 
- Para a limpeza interna da geladeira - água misturada com bicarbonato de sódio e sabão é uma boa solução 
- Para limpar recipientes plásticos manchados - esfregue uma pasta de suco de limão e bicarbonato de sódio 
- Para limpar pias de aço inoxidável - basta esfregar a superfície com bicarbonato de sódio e depois enxaguar 
- Para soltar alimentos incrustados em panelas ou assadeiras - misture água quente e bicarbonato de sódio. Quando o alimento se soltar, esfregue com uma esponja 
Economia em dinheiro com a troca de produtos: 63% 



* Economia média na comparação com produtos industrializados 



Especialistas consultados: o engenheiro Ricardo Freitas, a arquiteta Gorete Colaço, o paisagista Marcelo Faisal, a camareira Olivia Raimunda Abitbol (Hotel Porto Bay Rio Internacional), o patologista Paulo Saldiva (USP), o alergista Fábio Morato Castro (USP), o engenheiro Márcio Araújo, do Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica (Idhea) e o professor de química Elcio Bertolla

Fonte: Planetasustentável.com.br (Com reportagem de Paulo Cunha e Jacqueline Manfrin )

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Londrinos constroem cinema em viaduto com material reaproveitado


    Em um mês, um grupo de jovens voluntários londrinos colocou de pé, com materiaisreaproveitados e doados, um espaço de convivência e cultura. O Folly for a Flyover é uma espécie de cinema construído temporariamente em baixo de um viaduto da cidade – que cruza o canal Lea Navigation. A proposta une sustentabilidade, cultura e um olhar diferente sobre aproveitamento e a interação com os espaços das cidades.
    A estrutura foi feita com tijolos de barro e madeira e tem, além do espaço de projeção, bar e café. O público pode até dar umas voltinhas no canal em canoas que saem de um píer montado ali mesmo.
    A ideia foi da Assemble, organização sem fins lucrativos, e ganhou um importante prêmio de artes do Reino Unido, o Create Art Award. Com o dinheiro da premiação, o projeto foi colocado em prática em junho. As últimas sessões acontecem até este sábado. Ao todo, foram 6 semanas com performances artísticas do Create Festival e apresentação de filmes.
E você, curtiu a ideia?

Fonte: Superinteressante (Lydia Cintra)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Maior barco do mundo movido a energia solar chega a Hong Kong


    O barco da foto parece meio fora do convencional? E é mesmo. Desde 2010, o PlanetSolarnavega pelo mundo movido a energia solar. Construído na Alemanha em 1 ano e 2 meses, ele “impressiona pelas dimensões, mas é limpo e silencioso”, segundo os responsáveis pelo projeto.
    Os painéis solares podem chegar a ocupar um total de 537 metros quadrados (alguns são removíveis). O tamanho e a forma do barco foram pesquisados em função da rota escolhida para a navegação e levaram em conta parâmetros como propulsão, design do painel solar, armazenamento de energia e uso de materiais. A intenção da equipe, que envolve profissionais de vários países, é demonstrar que a navegação via energia solar pode ser feita de formas inovadoras com tecnologias que já existem.
    Um dos principais desafios da expedição está no planejamento e gestão da energia – ou seja, não usar mais do que é provido pela luz solar. Mesmo assim, é possível navegar sem insolação direta, já que há uma bateria para armazenar energia. Segundo eles, a tecnologia só faz sentido se tiver um preço competitivo. “Por isso, usamos principalmente materiais e tecnologia disponíveis hoje com potencial para produção em larga escala.”
    A “volta ao mundo” do barco foi planejada com escalas em grandes cidades como Miami, Cancun, Brisbane e Xangai, para que o projeto fique em exposição e funcione como uma “plataforma” para promover o uso de energia renováveis. Nestas cidades, há programação com visitas ao barco e informações sobre os processos e a tecnologia para todos os “níveis” de conhecimento. Também são feitas apresentações e palestras para grupos específicos e autoridades locais.
    Atualmente, o barco está em Hong Kong – depois de atravessar o mar da China durante seis dias e com grandes dificuldades devido às condições meteorológicas. O PlanetSolar começou a jornada em Mônaco em 2010 e tem previsão de término em maio de 2012.

Fonte: Superinsterssante (Lydia Cintra)

sábado, 20 de agosto de 2011

Estudo sobre a depressão constata que brasileiros não fazem tratamento

Dos 18 países que participaram da pesquisa, o Brasil é o que mais tem pessoas com depressão. Setenta por cento dos mais de cinco mil entrevistados tem a chamada "doença da alma". 


    Um dos estudos mais completos já feitos sobre a depressão no mundo constatou que muitos brasileiros que têm a doença não se tratam corretamente. Alguns nem sabem que têm depressão.
    Dos 18 países que participaram da pesquisa, o Brasil é o que mais tem pessoas com depressão. Setenta por cento dos mais de cinco mil entrevistados tem a chamada "doença da alma".
    “Eu não sei onde está a alma, se ela existe ou não existe, mas era lá que doía”, conta Bernadete Araújo, engenheira.


    A doença tem muitas caras, por isso é fundamental saber reconhecê-las. Quanto antes isso acontecer, menores serão as perdas e o sofrimento.

    A cidade de São Paulo representou o Brasil na pesquisa. Só 37% dos depressivos graves recebem algum tipo de tratamento. A maioria nem sabia que estava doente, por isso é muito importante ficar atento aos sintomas.
    A pesquisa listou os nove principais: alteração de apetite, alteração do sono, desinteresse geral, desinteresse sexual, dificuldade de concentração, baixa autoestima, pensamentos relacionados à morte, ansiedade com movimentos repetitivos e paralisia geral.
    Para a Organização Mundial de Saúde, ter cinco desses sintomas é depressão grave. “Os quadros que não são tão dramáticos, em que as pessoas estão incapacitadas e não conseguem mais trabalhar, as vezes não são reconhecidos pelos profissionais que estão na linha de frente. Muitas vezes não é o psiquiatra”, afirma Laura Andrade, coordenador núcleo epidemiologia Instituto Psiquiatria USP.
Veja o vídeo dessa matéria, clicando AQUI
Clique aqui e saiba como participar dos grupos de pesquisa do Hospital das Clínicas – SP
Fonte: Jornal Hoje - Rede Globo (por Monalisa Perrone)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O fóssil mais antigo da América, com 13 mil anos

Osso com um desenho de um mamute encontrado na Flórida tem pelo menos 13 mil anos

MAMUTE - Fóssil, que mostra a gravura de um animal
 de trombas, pode ser a prova de que a América foi
habitada por seres humanos na idade do gelo


















       Cientistas dataram um fóssil encontrado na cidade de Vero Beach, na Flórida, e descobriram que ele tem 13 mil anos. O fóssil é um osso de 38 centímetros, pertencente a um mamífero. No centro da peça, pode-se ver uma gravura de um animal com trombas caminhando – possivelmente um mamute ou mastodonte. Segundo os cientistas, a gravura foi produzida em plena era glacial, o que faz da peça o fóssil mais antigo já encontrado da presença de humanos na América.
       A descoberta foi publicada no "Journal of Archaeological Science". Segundo os pesquisadores da Universidade da Flórida (UFA) e do Museu de História Natural do Museu Smithsonian, que dataram o fóssil, a descoberta prova que a América foi habitada por seres humanos na idade do gelo, e que estes conviveram com grandes mamíferos como os mamutes.
       A peça foi descoberta em 2006 por James Kennedy, de 39 anos, um colecionador de fósseis amador que encontrou esse fragmento em um terreno próximo à jazida arqueológica de Old Vero, onde foram encontrados ossos humanos em escavações realizadas entre 1913 e 1916. Inicialmente, a comunidade científica encarou a descoberta com ceticismo, mas segundo a pesquisadora Barbara Purdy, "nenhum dos testes foi capaz de demonstrar que o fóssil e a talha são falsos".
       Dennis Stanford, antropólogo do Museu de História Natural do Smithsonian e um dos autores do estudo, acredita que esse é um dos mais importantes achados de arqueologia na região. "Há centenas de gravuras de proboscídeos, isto é, animais com trombas, em paredes de cavernas ou em ossos na Europa, mas nenhum na América até agora", disse.
       Por causa dos descobrimentos, a cidade de Vero Beach e o condado de Indian River aprovaram uma série de resoluções para proteger a jazida arqueológica.
Fonte: Época, Agência EFE BC

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Cientista quer recriar dinossauros (a partir das galinhas!)

     Como esse blog se chama CIÊNCIA MALUCA, a gente nem precisa entrar no mérito do quão válido é um cientista investir anos e anos de trabalho para recriar um dinossauro (ou algo próximo dele). Como todo mundo sabe, a criatura não faz falta para ninguém.
       Então, dá para cair direto na pergunta: é possível? Dá para “construir” um dinossauro em pleno século 21? O palentólogo norte-americano Jack Horner acha que sim.
       A forma mais imediata de fazer isso seria a partir de uma amostra do DNA dos bichões. Mas, segundo Jack, apesar de alguns dos fósseis já encontrados estarem surpreendentemente bem conservados (alguns ainda com vasos sanguíneos), nenhum está tão preservado assim, a ponto de conter DNA intacto – do tipo necessário para recriar um Jurassic Park. Pôxa.
       Restou olhar, então, para os descendentes dos monstros pré-históricos: os pássaros modernos. As galinhas, segundo o paleontólogo, têm a chave para recriar um dinossauro gravada em seusgenomas. De acordo com ele, elas ainda têm características como dentes, garras e caudas expressas ali no fundinho dos genes – elas apenas foram “desligadas” em algum ponto do desenvolvimento dos bichos. E Jack e sua equipe, no caso, pretendem ligá-los novamente.
       Eles discutiram esses planos em um dos eventos do TED lá nos EUA agora em março. Se você entende inglês e quer saber mais, se jogue no vídeo da palestra.

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